Pode-se adquirir neste link. Ou então levar a um carpinteiro ou marceneiro fazer, e aplicar uma imagem sacra que se pode imprimir em qualquer gráfica ou loja de plottagem ou assemelhadas. Ou mesmo fazer um parecido para quem tem dotes de artesanato.
É um erro atribuir a crise da feminilidade exclusivamente às pretensões feministas. Claro que elas têm sua parcela de culpa, mas muitas vezes são meras conseqüências de equívocos anteriores, radicalização de uma bandeira para combater um excesso antagônico. De certa forma, o colapso do papel da mulher se deve também ao fato de que muitos homens, desde pouco depois da Revolução Industrial, esqueceram qual a sua missão específica.
Quem é a mulher? O que ela é? Onde reside sua dignidade?
A dignidade da mulher procede primeiro de sua natureza humana. Igual ao homem em essência, criada, pois, por Deus, é digna por si só, é digna por ser imagem e semelhança do Criador, é digna por sua ontológica liberdade, por sua vontade, sua idoneidade intelectual. Sem embargo, há uma fonte de sua dignidade: a capacidade de ser mãe. A maternidade, ainda que não se efetive em todas, por vocação ou por alguma impossibilidade física ou psicológica concreta, está presente em potência no gênero feminino e é ela que faz a mulher ainda mais semelhante a Deus em seus acidentes. Os cristãos entendem que, como o Pai gera o Filho, a mulher pode gerar sua prole. É uma participação toda especial no ato criador. E isso a faz toda especial, tanto quanto o homem em sua essência, e, ouso dizer, mais do que ele em seus acidentes por esse caráter sagrado de gerar vida.
Ao contrário do que muitos sustentam, o cristianismo não vê nem nunca viu o casamento como um mal menor, como algo a ser meramente tolerado. Pelo contrário, a Igreja Católica ensina que o casamento é tão bom que não apenas foi criado por Deus, como elevado depois, por Jesus Cristo, à condição de sacramento.
E o casamento cristão confere uma igualdade de dignidade à mulher, ao contrário do mundo antigo, em que o marido era dono da esposa. É o cristianismo a primeira grande proclamação de liberdade da mulher. E no casamento, não fora dele, como hoje bradam as feministas. O casamento é a celebração da liberdade e não a promoção da escravidão da mulher. É um locus onde a dignidade da mulher pode ser festejada de modo muito claro, até porque nele é possível, com bastante nitidez, perceber em ato as características psicológicas da mulher, muito ligadas a seus elementos distintivos físicos.
De fato, a mulher se difere fisicamente do homem não só pela anatomia corpórea, como pela maturidade precoce, pelo ritmo assinalado pelo ciclo menstrual, pela ação forte dos hormônios, sobretudo na tensão que antecede o fluxo, e pela potencialidade de marcar sua existência pela gravidez, nascimento dos filhos e amamentação. Ademais, é notória, em linhas gerais, sua maior vulnerabilidade em relação ao indivíduo do sexo masculino.
Nesse sentido, entendendo-se o ser humano como um ser integral, é inevitável que se chegue a conclusão da existência de características psicológicas próprias da mulher, distintas do homem. Claro, isso não invalida que cada mulher seja única em seu aparelho psíquico, assim como é única em sua conformação física; nem que existam determinados grupos de temperamentos que distingam mulheres umas das outras, aproximem igualmente umas das outras e, até mesmo, as façam semelhantes, por eles, a alguns homens com os mesmos temperamentos, ao menos em alguns aspectos. Há, sem embargo, traços gerais emocionais e espirituais que são específicos do feminino, em contraposição ao masculino. Como fisicamente se completam os corpos masculino e feminino, também nas idiossincrasias psicológicas isso ocorre.
O casal católico, cada qual com seu papel, para enfrentar a crise da feminilidade (e da masculinidade). Na foto acima, com meu marido, em um casamento de amigos, na Catedral de Pelotas.
Se o homem é o caçador, a mulher é a protetora da casa. Ela está – como expõe Carlos Ramalhete – mais para primeiro-ministro do que para ministro das relações exteriores. Isso parte da premissa psicológica de que a mulher tem todo um ajustamento interior para a defesa, mais do que para o ataque. E essa atitude de defesa é própria de quem tem por missão – adequada a seu físico preparado para a concepção, gestação e nascimento - os primeiros cuidados com a prole.
Daí que a feminilidade seja receptiva. É próprio dela receber a “semente” do homem em seu seio, gestando e guardando a vida humana desde o seu início. Ela é a destinatária do amor para, sendo amada, amar. Ensina João Paulo II: “Quando dizemos que a mulher é aquela que recebe amor para, por sua vez, amar, não entendemos só ou antes de tudo a relação esponsal específica do matrimônio. Entendemos algo mais universal, fundado no próprio fato de ser mulher no conjunto das relações interpessoais, que nas formas mais diversas estruturam a convivência e a colaboração entre as pessoas, homens e mulheres. Neste contexto, amplo e diversificado, a mulher representa um valor particular como pessoa humana e, ao mesmo tempo, como pessoa concreta, pelo fato da sua feminilidade. Isto se refere a todas as mulheres e a cada uma delas, independentemente do contexto cultural em que cada uma se encontra e das suas características espirituais, psíquicas e corporais, como, por exemplo, a idade, a instrução, a saúde, o trabalho, o fato de ser casada ou solteira.” (Mulieris Dignitatem, 29)
A presente crise da feminilidade é, pois, uma negação, total ou parcial, do exposto acima, e gera os tremendos desequilíbrios da sociedade atual. Mas essa crise é, ao menos em alguns pontos, consequência da crise da masculinidade.
Os homens, há tempos, vem sofrendo com a crise do secularismo, segundo Alice Von Hildebrand. Pais de família creram que, para obter reconhecimento, tinham que ter poder, dinheiro e tudo que esteja ligado a eles, desprezando qualquer outra atividade que lhes seja também natural, ainda que secundária, como o cuidado com sua família. O homem se burocratizou e isso atingiu em cheio a masculinidade.
A família para esses homens virou apenas lazer ou acessório para ostentação social. Levando ao sofrimento da esposa e de seus filhos. Os casamentos começaram a ruir, pois mulher nenhuma suporta tanto desprezo e abandono. Tampouco ver essa apatia com sua prole.
Um dos sintomas da crise de identidade feminina é a fuga da dor de muitas mulheres atuais. Isso é uma clara manifestação de hedonismo. Grande parte das mulheres de hoje fogem da dor porque foram formadas no feminismo, que se transmite não só em postulados teóricos e acadêmicos, mas na visão que o mundo nos oferece do papel da mulher, nos veículos de comunicação, e até nas conversas informais, do salão de beleza ao restaurante com as amigas. E o feminismo copia não o homem, mas o homem piorado do fim do séc. XIX, de todo o séc. XX e do início do séc. XXI, com seus prazeres desmedidos, e com uma visão de trabalho não integrado ao lar, como explicou a Dra. Alice mais acima. É o homem aburguesado…
Primeiro é o homem que foge às suas responsabilidades de marido e pai, deixa de estar presente com a família e se concentra só no trabalho, mas não necessariamente para prover a família, e sim para juntar dinheiro e desfrutar de prazeres – alguns lícitos até, em si mesmos. A mulher, ao querer a independência, vai copiar esse modelo de homem, e não o “antigo”. A crise do feminino nasce de uma crise do masculino. E aquela vai gerar uma nova crise masculina hoje em dia, que não é, todavia, o propósito deste artigo, porém merece ser relembrada: é ela que cria tanto o neo-brutamontes do tal “movimento masculinista”, machão e “pegador”, desprezador da mulher, que a considera sempre ou na maioria das vezes uma vagabunda, quanto o sensível em excesso, piegas, que, querendo poupar a mulher de alguns dissabores – o que faz bem – acaba por assumir papéis femininos – o que faz mal –, e, enfim, cria também o metrossexual, que com sua namorada compete por cremes e tratamentos de beleza.
Para enfrentar a desfiguração da mulher, não basta atacar os fundamentos do feminismo, aderindo a eles com a mesma disposição de quem sustenta os clichês daquele. Pelo contrário, como a destruição de um castelo de cartas leva bem menos tempo e paciência do que reconstrui-lo, urge fazer um trabalho de formiguinha, em todos os campos, para reerguer em sua dignidade o ser humano completo, mulher e homem.
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O artigo acima é meu e apareceu, antes do blog, na Revista Vila Nova.
{real}
A santificação dos homens
Cristo Senhor abençoou copiosamente este amor de múltiplos aspectos, nascido da fonte divina da caridade e constituído à imagem da sua própria união com a Igreja. E assim como outrora Deus veio ao encontro do seu povo com uma aliança de amor e fidelidade (3), assim agora o Salvador dos homens e esposo da Igreja (4) vem ao encontro dos esposos cristãos com o sacramento do matrimónio. E permanece com eles, para que, assim como Ele amou a Igreja e se entregou por ela (5), de igual modo os cônjuges, dando-se um ao outro, se amem com perpétua fidelidade. O autêntico amor conjugal é assumido no amor divino, e dirigido e enriquecido pela força redentora de Cristo e pela acção salvadora da Igreja, para que, assim, os esposos caminhem eficazmente para Deus e sejam ajudados e fortalecidos na sua missão sublime de pai e mãe(6). Por este motivo, os esposos cristãos são fortalecidos e como que consagrados em ordem aos deveres do seu estado por meio de um sacramento especial (7); cumprindo, graças à força deste, a própria missão conjugal e familiar, penetrados do espírito de Cristo que impregna toda a sua vida de fé, esperança e caridade, avançam sempre mais na própria perfeição e mútua santificação e cooperam assim juntos para a glorificação de Deus.
Precedidos assim pelo exemplo e oração familiar dos pais, tanto os filhos como todos os que vivem no círculo familiar encontrarão mais fàcilmente o caminho da existência humana, da salvação e da santidade. Quanto aos esposos, revestidos com a dignidade e o encargo da paternidade e maternidade, cumprirão diligentemente o seu dever de educação, sobretudo religiosa, que a eles cabe em primeiro lugar. Os filhos, como membros vivos dá família, contribuem a seu modo para a santificação dos pais. Corresponderão, com a sua gratidão, piedade filial e confiança aos benefícios recebidos dos pais e assisti-los-ão, como bons filhos, nas dificuldades e na solidão da velhice. A viuvez, corajosamente assumida na sequência da vocação conjugal, por todos deve ser respeitada (8). Cada família comunicará generosamente com as outras as próprias riquezas espirituais. Por isso, a família cristã, nascida de um matrimónio que é imagem e participação da aliança de amor entre Cristo e a Igreja (9), manifestará a todos a presença viva do Salvador no mundo e a autêntica natureza da Igreja, quer por meio do amor dos esposos, quer pela sua generosa fecundidade, unidade e fidelidade, quer pela amável cooperação de todos os seus membros." (Concílio Vaticano II, Constituição Pastoral Gaudium et Spes, sobre a Igreja no mundo atual, 48)
Com base nisso, passo a dar três dicas de como os maridos podem liderar suas famílias, cumprindo a vontade de Deus. A liderança do marido tem um fim: proteger a família e levá-la ao céu. As dicas, portanto, serão apenas na esfera da espiritualidade e da santificação da família pela qual ele foi colocado por Deus para ser responsável.
{happy}
Maria Antônia sempre risonha, indo passear com o papai para comprar o presente do Dia dos Namorados!
{real}
Visite Like Mother, Like Daughter, para mais fotos de contentamento.
Ainda que não saibam exatamente o que é a oração, em seu sentido clássico, importa que os filhos rezem, que sejam disciplinados a rezar como quem faz outras coisas: crianças comem, dormem e brincam sem precisar, em certa idade, saber os porquês. Apenas o fazem e isso se torna natural. A oração infantil também tem que ser natural, também precisa fazer da rotina. Os filhos precisam ver que, assim como comem, dormem e brincam, também rezam.
Baseado em um artigo do Catholic Mom, a Aline e eu desenvolvemos alguns passos para ensinar os filhos a rezar, conforme cada faixa etária. Evidentemente, não se trata de receita de bolo, e cada família, respeitando sua dinâmica e as circunstâncias sociais, ambientais e culturais, deverá fazer as adaptações necessárias. Também gostaríamos de ler suas opiniões nos comentários, para nos ajudar a aperfeiçoar esse método, e para trocarmos experiências.
* Ir à Missa com as crianças.
* Fazer com que se acostumem com os pais recitando as orações antes e depois das refeições.
Um ano:
* Ensiná-las a fazer o sinal-da-cruz quando a família for rezar.
Um ano e meio:
* Estar com as crianças quando o casal for rezar o terço, e dar-lhes um rosário para segurar.
Dois anos:
* Fazer a criança repetir suas palavras, em oração espontânea, antes de dormir.
* Glória.
* Ensinar que o terço é uma homenagem à Mamãe do Céu.
* Ler histórias de alguma Bíblia infantil.
Três anos:
* Fazer a criança repetir suas palavras, na oração do Santo Anjo, antes de dormir.
* Deixar a criança balbuciar a Ave Maria durante o terço em família.
Três anos e meio:
* Fazer a criança repetir suas palavras, na oração da Ave-Maria, antes de dormir.
* Fazer a criança dar "bom dia" a Jesus, ao acordar.
Quatro anos:
* Ave Maria de cor.
* Santo Anjo de cor.
* Fazer a criança repetir suas palavras, na oração do Pai Nosso, antes de dormir. Pode ajudar esse recurso.
* Fazer a criança repetir suas palavras, em um oferecimento de obras simples, ao acordar.
Cinco anos:
* Rezar o terço integralmente, com as crianças, sendo que elas recitarão, com os pais, de cor, as orações.
* Aprofundar no exame de consciência, antes de dormir.
* Participar com os pais, se é costume da família, de alguma hora canônica do Ofício Divino.
* Pequenos sacrifícios por uma intenção particular acompanhados de oração.
Seis anos:
* Angelus, de cor.
* Oferecimento de obras, de cor.
* Balanço do dia, Credo Apostólico, Pai Nosso, e Ave Maria, de cor, antes de dormir.
* Meditação semanal, com tema curto e concreto dado pelos pais ou por um diretor espiritual do casal.
* Glória, em latim, de cor.
* Ave Maria, em latim, de cor.
Sete anos:
* Leitura do Evangelho, aos Domingos, tirando dúvidas com os pais, e fazendo uma curta oração após a leitura.
* Pai Nosso, em latim, de cor.
* Participar com os pais, se é costume da família, da Via Sacra às sextas-feiras.
* Abstinência de carne nos dias prescritos, explicando à criança o sentido.
* Ler histórias do AT e do NT.
Quem somos
Rafael e Aline Brodbeck
Casal católico e gaúcho, pais de cinco filhos (Maria Antônia, Bento, Theresa, Maria Luiza e Santiago), tentando ajudar as famílias e seus lares com a luz do Evangelho. Veja mais sobre nós clicando aqui.
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"O lar cristão é o lugar onde os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. É por isso que a casa de família se chama, com razão, «Igreja doméstica», comunidade de graça e de oração, escola de virtudes humanas e de caridade cristã."(Catecismo da Igreja Católica, 1666)